Cada vez mais a pauta ESG (do inglês Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança) ganha relevância no cenário mundial, impactando desde os critérios de engajamento de investidores institucionais até alterações no comportamento do consumidor.
Baseada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) criados pela Organização das Nações Unidas – entre eles reduzir a desigualdade, alcançar igualdade de gênero, garantir educação inclusiva e de qualidade, gerando oportunidades para todos, condições de trabalho decentes, utilização e fomento de fontes de energia sustentáveis –, a preocupação dos empresários com o impacto criado pelos seus negócios em âmbito internacional, nacional e regional e as medidas tomadas para minimizar os negativos e otimizar os positivos se tornou um fator determinante na geração de valor das empresas.
Além desses pontos, a regulação dos mercados vem evoluindo de forma gradativa para forçar a adoção de práticas e políticas relacionadas às questões ESG, portanto, as empresas que saem na frente tendem a se adaptar melhor ao possível novo mercado que está em desenvolvimento.
É importante o empresário entender que não existe fórmula ou roteiro padrão a ser seguido. Assim como cada negócio tem sua particularidade, os impactos causados também diferem entre um e outro, de forma que deve ser analisado o caso concreto na hora de implementação de uma política de ESG eficaz.
Esse cuidado é importantíssimo para evitar o greenwashing do negócio, ou seja, a elaboração de uma política ESG apenas no papel, com discursos e propagandas que não condizem com a prática da empresa.
Para ilustrar a capacidade de geração de valor do ESG, na análise comparativa dos índices de ESG com os índices gerais das bolsas de valores mundiais, tem-se uma geração de valor maior pelos índices ESG.
No âmbito Brasil, o ISE B3, carteira teórica formada por empresas com reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial, desde sua criação até janeiro/2022, performou 267,06% contra 228,41% do Ibovespa no mesmo período.
Apesar de ter um impacto mais facilmente percebido nas grandes corporações, a adoção de políticas ESG e um olhar especial para o seu negócio sob essa perspectiva de sustentabilidade também pelo pequeno e médio empresário são fundamentais e altamente recomendados, pois agregam valor, melhoram a percepção do mercado, têm um potencial de gerar eficiência produtiva e reduzir os riscos operacionais do negócio.
O ESG é uma realidade e vem se mostrando um indicador de mercado relevante. Assim como outras inovações e situações trazidas pelas circunstâncias mundiais nos mostraram, o empresário precisa se adaptar ou sentir os impactos negativos do seu atraso.